Dentro da caixinha azul, há muito esquecida por mim, dormem em um sono eterno as lembranças de um tempo esquecido. Em papéis amarelados e surrados pelo tempo, consigo ainda juntar as palavras que, em letra de forma, prometem um “pra sempre” que jamais existiu. Perguntas que ficaram sem respostas, juras que ainda estão por se cumprir, planos de um futuro próximo que se tornou inatingível. Não vou dizer que não dói mais, pois soaria falso, porém asseguro que faz parte de um passado distante. Distante do tempo, porém perto demais... Os borrões de tinta num pedaço de papel retangular, trazem a tona emoções contidas pela incerteza, que aos poucos se transformam em um líquido salgado deslizando pela face. Hoje, apesar dos pesares, tenho a certeza de que o caminho curto da felicidade que transformou-se na viagem longa de uma busca incessante por algo incerto, está repleto de flores. E confesso: esse caminho continuará a ser percorrido.

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