Tenho o direito de me sentir triste, eu me dou esse direito. Mas aprendi recentemente que a tristeza não compensa se persiste por mais de um dia. Ela nos afasta do mundo, transforma o céu aberto em grandes tempestades, nos torna hostil com quem acarinha nossa face, atrai rugas de expressão e suga nossa saúde, além de afastar de nós o bem mais precioso que podemos ofertar: o sorriso! Desse estranho sentimento que habita o coração de nobres mortais por tantas vezes durante nossa trajetória, podemos tirar proveito apenas de uma conseqüência que ele trás, aproxima de nós pessoas que se importam em nos ver felizes e que sofrem com nossas lágrimas mais do que podemos imaginar. Nos faz reviver pequenos gestos simples pouco valorizados no dia-a-dia, o abraço de corpo inteiro, o afago nos cabelos, o beijo carinhoso, o olhar acolhedor, o largo sorriso sincero decifrando felicidade.
Dos 365 dias, não me importo que um seja de tristeza... mas somente um. Não dar à tristeza a importância que ela pensa ter, é um novo lema.
“Eu tava triste, tristinho! Mais sem graça que a top-model magrela na passarela. Eu tava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora que cai o pano, tava mais bôbo que banda de rock, que um palhaço do circo Vostok... Mas ontem eu recebi um telegrama, era você de Aracaju ou do Alabama, dizendo: Nêgo sinta-se feliz porque no mundo tem alguém que diz: Que muito te ama! Que tanto te ama! Que muito muito te ama, que tanto te ama!...Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom dia, de beijar o português da padaria...” (Telegrama, Zeca Baleiro).
Comentários
Postar um comentário