Sim, eu estou apaixonada.
Espere apaixonada não seria o termo apropriado, pois sabendo que paixão é algo breve e passageiro.
Sim, reinteradas vezes dito, AMO!
Amo imensamente esse ser que faz meus dias felizes mesmo que nem estejamos juntos como se manda o figurino, como típico, não sendo um casal.
Posso amá-lo sem precisar do apego, tendo apenas zelo e respeito.
Porque já foi provado por atitudes que és mais digno do meu amor do que qualquer outro já foi ou será.
Quantas vezes já vi amigos me dizendo que gostam dela porque os salvaram da solidão, porque eram as únicas quando ninguém mais estava perto, afirmam. Certamente aquele que nos apoia tem todo o direito de ocupar um lugar importantíssimo em nossas vidas – e que seja em nosso coração.
Só que já perdi as contas de quantas pessoas são, na verdade, somente gratas a quem dizem amar. Não por culpa delas – ninguém gosta mesmo de se sentir só, e quando alguém estende a mão e nos cede o ombro, um novo mundo se abre, e às vezes um romance.
Mas gratidão não é amor.
Uma relação que tenha como base principal um dos dois sempre grato ao outro é como estabelecer uma dívida silenciosa que diz: “se algum dia me faltar amor, não irei embora por gratidão”.
É bom se sentir agradecido por aquele que nos ama. Porque ela nos deu motivos pra sorrir na depressão, porque ele beijou gentilmente a nossa testa e disse que estaria ali pra sempre.
Mas não gosto da ideia de amar por primeiro ser grato. Apaixone-se por um sotaque, por um jeito fofo de pedir perdão. Mas não se prenda a ninguém por ter confundido amor com gratidão.
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