Carta de amor, para um amor que nunca existiu... Ou existe???
Uma vez já disse o poeta que cartas de amor são ridículas, mas mais ridículos quem não amam, cartas de amor são como uma mídia obsoleta. Eu conheço em rara escala pessoas que sejam capazes de escrever sobre amor, esse talvez seja um tema que ainda muitos tem preconceito, nessa civilização que se julga tão avançada... Talvez conheça poucas pessoas, ou talvez as pessoas que eu conheça não sejam tão apaixonadas assim. A querência pelo instantâneo e a efemeridade dos proto-relacionamentos substituiram as cartas apaixonadas que faziam estremecer corações. As cartas de amor não são fragmentos de um discurso amoroso dos nossos tempos.
carregam uma carga diferente dos e-mails apressados com erros de digitação ou dos sms’s com abreviaturas bizarras, cartas são pílulas de amor táteis, é sentimento guardável. escrever exige tempo dedicado, rascunhos e aquele último suspiro indagando: “será que eu mando?”.
Nas possiveis cartas podemos confessar coisas que não temos coragem de falar ou que se faladas talvez pareçam diabéticas demais e mesmo se forem melosas e piegas, não vemos a reação do destinatário. Eu acho que nas antigas cartas as pessoas entregavam doses extras de sinceridade. escrever cartas a mão é dar caligrafia própria ao sentimento.
Correspondentes as cartas de amor, os sentimentos são portáteis.
Lukka :)
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